Na aldeia de Mafam, no leste da Guin¨¦-Bissau, Adama Djau tinha de viajar mais de duas horas de transportes p¨²blicos em estradas em mau estado de conserva??o para chegar ao hospital mais pr¨®ximo. Gr¨¢vida de g¨¦meos e com uma gravidez de alto risco, a jovem de 21 anos estava preocupada com a sua sa¨²de e a dos seus beb¨¦s. Quando o seu m¨¦dico a informou sobre a Casa das M?es, um espa?o de acolhimento para mulheres gr¨¢vidas em risco, Adama decidiu utilizar os seus servi?os.
Adama adaptou-se ¨¤ casa, ¨¤ equipa e aos colegas residentes. ¡°Na Casa das M?es, fiquei confiante de que a minha gravidez iria correr bem¡±, recorda Adama. Teve acesso ¨¤ medica??o e aos cuidados m¨¦dicos de que necessitava, a uma equipa de pessoal da casa sempre dispon¨ªvel e a refei??es nutritivas, que nem sempre s?o garantidas na Guin¨¦-Bissau.
A Guin¨¦-Bissau tem uma das taxas de mortalidade materna e infantil mais elevadas do mundo. De acordo com as ¨²ltimas estat¨ªsticas m¨¦dicas de 2022, realizadas com o apoio do Banco Mundial, estima-se que haja 549 mortes maternas por 100 000 nados-vivos. Este n¨²mero ¨¦ notavelmente mais elevado nas zonas rurais. No entanto, foram observados progressos desde 2018, quando a taxa de mortalidade materna foi registada em 746 por 100 000 nados-vivos.
A escassez de profissionais de sa¨²de qualificados ¨¦ significativa, com um m¨¦dico para cada 16 382 pessoas e cada unidade de sa¨²de a servir mais de 15 000 pessoas.
O Banco Mundial est¨¢ a implementar o projeto ¡°Refor?o da Presta??o de Servi?os de Sa¨²de Materna e Infantil na Guin¨¦-Bissau¡±, no valor de 25 milh?es de d¨®lares. Esta iniciativa j¨¢ alcan?ou resultados significativos: mais de 94.000 mulheres receberam cuidados pr¨¦-natais; mais de um milh?o de crian?as foram vacinadas; mais de 4.000 profissionais de sa¨²de foram formados; e foram disponibilizados medicamentos essenciais e unidades de sa¨²de p¨²blicas em todo o pa¨ªs.
Em Gab¨² e Bafat¨¢, duas grandes regi?es do leste da Guin¨¦-Bissau, as taxas de mortalidade materna e infantil s?o elevadas e o acesso aos cuidados de sa¨²de nas zonas rurais ¨¦ limitado. De acordo com Fl¨¢vio da Silva Nhaga, Diretor Regional de Sa¨²de de Gab¨², a situa??o est¨¢ a melhorar: ¡°Este projeto beneficia muito a regi?o de Gab¨², ajudando a reduzir a elevada taxa de mortalidade materna.¡±
Em Gab¨² e Bafat¨¢, duas grandes regi?es do leste da Guin¨¦-Bissau, as taxas de mortalidade materna e infantil s?o elevadas e o acesso aos cuidados de sa¨²de nas zonas rurais ¨¦ limitado. De acordo com Fl¨¢vio da Silva Nhaga, Diretor Regional de Sa¨²de de Gab¨², a situa??o est¨¢ a melhorar: ¡°Este projeto beneficia muito a regi?o de Gab¨², ajudando a reduzir a elevada taxa de mortalidade materna.¡±
Em ambas as localidades, o Banco Mundial est¨¢ a apoiar duas casas que acolhem mulheres gr¨¢vidas em risco durante a gravidez, para assegurar que estas t¨ºm acesso a cuidados de sa¨²de, medicamentos e refei??es.
Fundada em 1994 e gerida pela Caritas, a Casa das M?es de Gab¨² dependeu durante muito tempo de donativos. Agora, o Banco Mundial fornece apoio essencial para a manuten??o do espa?o, refei??es e medicamentos. A Irm? Florinda, diretora da Casa das M?es de Gab¨², refere que esta assist¨ºncia tem sido transformadora. ¡°Anteriormente, a Caritas lutava para sustentar a Casa e as suas necessidades. A ajuda do Banco Mundial garante que as m?es recebem cuidados m¨¦dicos vitais, com visitas regulares de enfermeiras e parteiras. Estamos sempre no limite da nossa lota??o e temos listas de espera¡±, explica.
Gina da Costa, de 24 anos, foi encaminhada para a Casa das M?es de Gab¨² pelo seu m¨¦dico durante o primeiro m¨ºs de gravidez, ap¨®s duas perdas gestacionais. Passou l¨¢ oito meses e afirma: ¡°A minha gravidez correu bem desta vez porque fui acompanhada e bem cuidada¡±.